Quanto mais profundamente lançares o alicerce da humildade, tanto mais alto poderás construir o edifício. (Sto. Antonio de Pádua)
Julio César Santana
Seminarista/Paróquia de Santo Antonio
Zona Norte/Natal
Durante o mês de Junho celebramos diversos Santos, porém pode ser destacado três que receberam a denominação de Santos Populares, não por mera tradição, mas pelo fato de serem cultuados por grande número de devotos, estes devotos por sua vez durante o mês junino fazem desabrochar gestos concretos de amor para com Deus através destes que testemunharam a Cristo com as suas vidas, tamanha religiosidade popular pode servir para compreender melhor a utilização de sinais e gestos simbólicos que expressam um componente profundamente humano e ao mesmo tempo Divino, por isso a Igreja tem chamado a atenção para uma verdadeira integração entre a liturgia e a piedade popular, como nos vêm dizer a Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a Liturgia e os exercícios piedosos “Os piedosos exercícios do povo cristão, conquanto conformes as leis e normas da Igreja, são encarecidamente recomendados, sobretudo quando são feitos por ordem da Sé Apostólica”. Estes Santos estimados pelo povo são: Santo Antonio de Pádua, celebrado no dia 13, São João Batista no dia 24 e São Pedro no dia 29, estes três Santos bem souberam se doar a Deus contribuindo assim para o projeto de salvação proposto por Jesus Cristo.
Santo Antonio de Pádua - Nasceu em Lisboa (Portugal) no século XII. Foi cônego regular na regra de Santo Agostinho, mas pouco depois da sua ordenação sacerdotal transferiu-se para a Ordem dos Frades Menores com a intenção de dedicar-se a propagação da Fé entre os povos, especialmente os povos da África. Porem o seu ministério foi consolidado na França e na Itália aonde ele exerceu com excelentes frutos a sua pregação, convertendo muitos hereges, sendo assim intitulado de Terror dos hereges, foi Santo Antonio o primeiro professor de Teologia na sua Ordem, escreveu vários sermões, cheios de doutrina e de unção espiritual, faleceu em Pádua no ano de 1231, sua língua que tanto pregara a palavra divina, foi preservada da corrupção e até hoje e venerada em Pádua num relicário. Foi intitulado pela Igreja como Doutor do Evangelho e Presbítero.
São João Batista - A Bíblia nos diz que Isabel era prima da Virgem Maria, e, elas tinham o costume de se visitarem. Numa dessas ocasiões, já grávida "quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo" (Lc 1,41). Ainda no ventre da mãe, João se reverencia e reconhece a presença do Cristo Jesus. Na despedida, as primas combinam que o nascimento de João seria sinalizado com uma fogueira, para que Maria pudesse ir ajudar a prima depois do parto. Desta forma os evangelistas apresentam com todo rigor a figura de João como precursor do Messias, cujo dia do nascimento é também chamado de "Aurora da Salvação". É o único Santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o nascimento, porque a Igreja vê nele a preanunciação do Natal de Cristo. Jesus falando de João Batista lhe tece o maior elogio registrado na Bíblia: "Jamais surgiu entre os nascidos de mulher, alguém maior que João Batista. Contudo, o menor no Reino de Deus é maior do que ele" (Mt 11,11). Ele morre degolado sob o governo do rei Herodes Antipas, por defender a moralidade e os bons costumes. O seu martírio é celebrado em 29 de agosto, com outra veneração litúrgica.
São Pedro – São Pedro, cujo nome de nascimento era Simão, nasceu em Betsaida, na Galiléia. Filho de Jonas era pescador e casado. André, seu irmão, encontrou Jesus e comentou com Pedro a respeito do Messias. Simão quis conhecer Jesus, e este o elegeu como um de seus escolhidos, trocando seu nome para Pedro, que significa pedra. A partir deste dia, Pedro deixou de ser pescador de peixes para se tornar pescador de homens. Os primeiros 10 capítulos dos Atos dos Apóstolos descrevem a atuação marcante do apóstolo Pedro, o grande líder da comunidade cristã após a morte de Jesus. Integra Matias ao colégio dos Apóstolos para substituir Judas; faz o primeiro discurso no dia de Pentecostes, convertendo 3 mil pessoas; e realiza o primeiro milagre, curando o homem coxo. Também é ele o primeiro a ser preso como responsável pela nova religião e quem convoca o primeiro concílio dos apóstolos, tomando a palavra no conclave. Segundo a tradição, mais tarde Pedro foi para Antioquia, onde permaneceu sete anos na direção da Igreja, e de lá seguiu para Roma, onde permaneceu até a morte, em 29 de junho do ano 67 d.C, quando foi crucificado de cabeça para baixo por não se achar digno de morrer como o seu Mestre. Foi sepultado onde hoje está a maior igreja do mundo: a Basílica do Vaticano.
Que ao considerarmos a vida destes que se doaram integralmente e sem limitações a Cristo e seus ensinamentos, sejamos incitados a abraçar as coisas que não passam em perfeita união com Cristo Mestre Magno de todos nós, e possamos um dias jubilosos junto com eles cantar as gloria eternas do Cordeiro Santo de Deus.
Fonte: www.gvjoaopauloii.blogspot.com
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