quinta-feira, 12 de maio de 2011

SEMINARISTA DO SEMINÁRIO DE SÃO PEDRO PARTILHA MISSÃO FEITA NA AMAZÔNIA

 NÃO TENHAIS MEDO, CORAGEM SOU EU!

            Caros amigos e amigas internautas, quero partilhar com vocês, as alegrias e as luzes que vivenciei durante quarenta dias participando na Amazônia da 4ª Experiência Missionária que aconteceu na Diocese de Santarém/PA no período de 17/12/2010 a 23/01/2011. Sei que são muitas as motivações que me levaram a participar desta missão; dentre elas destaco o desejo de servir à Igreja de Jesus Cristo como padre diocesano missionário. No decorrer da minha formação seminarística que concluo neste ano de 2011, sempre senti um forte apelo missionário; porém, muitas têm sido as dificuldades apresentadas no campo da missão.
            As dificuldades criaram em mim medo de expressar para a equipe de formação o desejo de ser missionário. Mas, sempre acreditei que tudo acontece no tempo de Deus. No final de 2010, considerei importante falar com o meu Bispo e formadores do Seminário sobre esse desejo presente em meu coração: ser e viver como padre diocesano missionário da Diocese de Caicó - RN.
            Participando desta experiência Missionária consegui perceber que é possível perder os medos e enfrentar os desafios, pois os mesmos não podem impedir a realização da missão.
No contato com os mais pobres, os humildes aqueles que trazem consigo uma forte experiência de luz que os faz firmes na missão, pedi a Deus a graça para que a mesma luz me ilumine e transforme como futuro padre diocesano missionário e possa ser portador para ajudar a clarear a vida de pessoas que necessitam dessa Luz.
Ouvindo o povo, partilhando suas alegrias e seus sofrimentos, senti o perfil de padre que devo ser no futuro: padre pobre, humilde, e que saiba caminhar junto com o povo na construção de uma Igreja viva e participativa e de uma sociedade justa, solidária e pacífica. Muitas foram as experiências que ouvi: testemunhos de homens e mulheres que doam suas vidas por causa do Reino de Deus; mulheres que trabalham junto com seu esposo, vivendo da pesca, doando suas vidas por suas famílias, pela comunidade, sendo sinais do Bom Pastor.
            Durante a experiência Missionária, me questionei sobre o sentido da missão? Que Cristo estou anunciando? O Cristo que nasceu em uma manjedoura, sofreu sua paixão, morreu e ressuscitou pela humanidade? O Cristo que buscou relacionar-se principalmente com os mais pobres, os simples e todos aqueles que a sociedade excluía e chamava de impuros?
            Que Cristo estou anunciando? Acontecia algo muito interessante: eu procurava anunciar Cristo, mas na verdade era eu que encontrava Cristo nas famílias, nas crianças, nos jovens, adultos idosos... Por isso, posso afirmar, que encontrei o Cristo pobre, que nasceu na manjedoura, que mora em casas simples, vive situações de saúde precária, sem água potável e muitas vezes com uma alimentação que não passa da farinha e do peixe. Lembrando-me de que os magos, guiados pela luz, caminharam para encontrar o Deus menino, em meio ao povo da Amazônia vi o Deus que se fez menino nascer e ouvi as crianças cantarem: “aqui bem longe, bem no meio da mata há lugar prá você Jesus na minha pobre barraca”.
            Esta experiência missionária me ajudou a alimentar o ardente desejo de ser um Missionário Padre Diocesano que ame, escute e caminhe com o povo e possa dizer sempre ao Senhor da messe “eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6,8c).
Fonte: www.gvjoaopauloii.blogspot.com

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