terça-feira, 24 de maio de 2011

MARIA, VOCAÇÃO E MISSÃO


          A jovem de Nazaré era desde sua concepção escolhida por Deus para ser aquela que traria Seu Filho à vida humana.  Alguns poucos traços de sua personalidade são conhecidos.  Sabe-se que era virgem e que tinha o hábito de meditar sobre os acontecimentos de sua vida, o que a veremos fazer em diversos momentos.  Fiel ao seu Senhor, era capaz, porém, de questioná-Lo quando Suas propostas lhe pareciam difíceis ao entendimento humano.
          Mulher de fibra, andou por caminhos tortuosos, enfrentando viagens duras para uma gestante e, logo após o parto seguiu para uma terra estranha afim de proteger Seu Filho.  Acompanhou o crescimento do Menino, ensinando-lhe as bases da experiência de Deus.  Como mãe, certamente, sentiu Sua partida, ao mesmo tempo em que orgulhava-se de Sua missão.  E chorou Sua morte injusta e alegrou-se com o anúncio da ressurreição, a partir da qual passou a abençoar a Igreja nascente.
           Todas essas características de Maria são pontos de reflexão para uma reflexão sobre a vocação de cada um de nós.  À sua virgindade sobrepõe-se o atributo da pureza que lhe garantia um coração livre para experimentar a ação de Deus em sua vida e fazer Dele o fiel companheiro de caminhada, a quem se questiona e com quem se descobre novos e novos caminhos.  Assim devemos viver nossas vocação e missão de cristãos: puros de coração para que possamos ver a Deus, como Jesus conclama nas Bem-Aventuranças, e fazer Dele também nosso companheiro constante.
          Devemos pedir a graça da fortaleza que ungiu aquela mulher fazendo-a caminhar e partir para novos e constantes desafios.  O cristão precisa desalojar-se do comodismo da rotina diária e não ter medo de enfrentar outros rumos.  Precisamos acompanhar Jesus em Sua missão, trazendo-A para perto da missão individual que Dele recebemos como dom, podendo, assim, testemunhar com nossas vidas, a presença do Cristo vivo, certeza maior da fé que da Igreja recebemos.
          Podemos viver com Maria a plenitude de nossa vocação. De seus caminhos extrair força e consolo para nossas missões. Sua vida é tão rica que nos dá inúmeras pistas para dela tirar exemplo e nos aproximarmos da jovem e da mulher que Deus escolheu para Mãe da humanidade e da Igreja.

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