terça-feira, 24 de maio de 2011

MARIA, VOCAÇÃO E MISSÃO


          A jovem de Nazaré era desde sua concepção escolhida por Deus para ser aquela que traria Seu Filho à vida humana.  Alguns poucos traços de sua personalidade são conhecidos.  Sabe-se que era virgem e que tinha o hábito de meditar sobre os acontecimentos de sua vida, o que a veremos fazer em diversos momentos.  Fiel ao seu Senhor, era capaz, porém, de questioná-Lo quando Suas propostas lhe pareciam difíceis ao entendimento humano.
          Mulher de fibra, andou por caminhos tortuosos, enfrentando viagens duras para uma gestante e, logo após o parto seguiu para uma terra estranha afim de proteger Seu Filho.  Acompanhou o crescimento do Menino, ensinando-lhe as bases da experiência de Deus.  Como mãe, certamente, sentiu Sua partida, ao mesmo tempo em que orgulhava-se de Sua missão.  E chorou Sua morte injusta e alegrou-se com o anúncio da ressurreição, a partir da qual passou a abençoar a Igreja nascente.
           Todas essas características de Maria são pontos de reflexão para uma reflexão sobre a vocação de cada um de nós.  À sua virgindade sobrepõe-se o atributo da pureza que lhe garantia um coração livre para experimentar a ação de Deus em sua vida e fazer Dele o fiel companheiro de caminhada, a quem se questiona e com quem se descobre novos e novos caminhos.  Assim devemos viver nossas vocação e missão de cristãos: puros de coração para que possamos ver a Deus, como Jesus conclama nas Bem-Aventuranças, e fazer Dele também nosso companheiro constante.
          Devemos pedir a graça da fortaleza que ungiu aquela mulher fazendo-a caminhar e partir para novos e constantes desafios.  O cristão precisa desalojar-se do comodismo da rotina diária e não ter medo de enfrentar outros rumos.  Precisamos acompanhar Jesus em Sua missão, trazendo-A para perto da missão individual que Dele recebemos como dom, podendo, assim, testemunhar com nossas vidas, a presença do Cristo vivo, certeza maior da fé que da Igreja recebemos.
          Podemos viver com Maria a plenitude de nossa vocação. De seus caminhos extrair força e consolo para nossas missões. Sua vida é tão rica que nos dá inúmeras pistas para dela tirar exemplo e nos aproximarmos da jovem e da mulher que Deus escolheu para Mãe da humanidade e da Igreja.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Santos Missionários

Santa Teresinha do Menino Jesus



          "Não quero ser santa pela metade, escolho tudo". Nasceu em Alençon (França) em 1873 e morreu no ano de 1897. Santa Teresinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, mas sabia que o seu coração - e o de todos nós - foi feito para amar. Teresinha entrou com 15 anos, no Mosteiro das Carmelitas em Lisieux, com a autorização do Papa Leão XIII e sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.
          Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, ofereciam a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, esteve como criança para o pai, livre, igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e, tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou um lindo e possível caminho de santidade: infância espiritual.
          O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária "desde a criação do mundo, até a consumação dos séculos". Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia "História de uma alma" e, como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra.  
           Proclamada principal padroeira das missões em 1927, padroeira secundária da França em 1944 e Doutora da Igreja, Santa Teresinha nos ensina o caminho da santidade pela humildade e sofrimentos. A primeira palavra que esta santa do Amor leu sozinha, bem expressa sua busca, pois leu: "céus"; já as últimas palavras proclamadas com apenas 24 anos, testemunharam o seu segredo para se chegar na glória, disse: "Não me arrependo de haver me dedicado a amar a Deus".

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!


São Francisco de Assis

          Francisco nasceu em Assis, no centro da Itália, em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos. Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a "senhora pobreza". Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que pedia seu retorno.
          No início da conversão viveu como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem na igrejinha de São Damião: "vai restaurar minha igreja, que está em ruínas". Partindo em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o cristo pobre, casto e obediente. Na última etapa de sua vida, recebeu no monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224. Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado. São Francisco de Assis, na igreja de Santa Maria Maior, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recitar ao mundo o cântico das criaturas. "Altíssimo, onipotente e bom senhor, a ti, Altíssimo, são devidos, só a ti, Altíssimo, são devidos, e homem algum é digno de pronunciar teu nome". Morreu deitado nas humildes cinzas em 3 de outubro de 1226, o seráfico pai, São Francisco de Assis.

São Francisco de Assis, rogai por nós!

Pontifícias Obras Missionárias realizam 1ª Semana Missionária para Formadores de Seminário

          No fim do mês de maio, dias 23 a 27, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) promovem, em sua sede nacional, em Brasília, a 1ª Semana Missionária para Formadores de Seminário. A formação terá a assessoria do diretor do Centro Cultural Missionário (CCM), padre Estêvão Raschietti; do fundador do Instituto Jesus Missionário dos Pobres, padre Gervásio Queiroga; e da equipe nacional das POM.
          O objetivo da Semana, de acordo com o secretário nacional da Pontifícia União Missionária, padre Sávio Corinaldesi, responde à Mensagem do papa Bento XVI para o Dia Missionário Mundial que pede atenção à dimensão missionária da Igreja.
          Ainda segundo padre Sávio, a ideia da realização da Semana Missionária para Formadores de Seminário surgiu a partir dos anseios do 1º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas, realizado em julho de 2010. "Os seminaristas observaram durante aquele Congresso a necessidade dos formadores também ouvirem sobre a formação missionária. Foi mais um apoio para realizarmos esta formação", lembrou o secretário.
          Os interessados em participar da Semana ainda podem se inscrever pelo link clicando aqui (link www.pom.org.br) ou pelo e-mail uniao@pom.org.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .]

1ª Semana de Formação Missionária para Párocos e Vigários          Após a Formação para Formadores de Seminário, as POM realizam a 1ª Semana de Formação Missionária para Párocos e Vigários, nos dias 6 a 10 de junho. As vagas, porém, já estão esgotadas, mas a organização já deu início à escolha de uma nova data, no segundo semestre de 2011, para realizar a 2ª Semana de Formação Missionária para Párocos e Vigários, para aqueles que não conseguiram se inscrever na 1ª Semana. Outras informações acesse o site das Pontifícias Obras Missionárias no endereço eletrônico: http://www.pom.org.br/.

Fonte: www.cnbb.org.br

Igreja no Brasil começa a formar padres missionários, afirma dom Esmeraldo Barreto de Farias


          Contente com o novo momento de formação dos padres no Brasil, o bispo de Santarém (PA), dom Esmeraldo Barreto de Farias, afirmou que a Igreja Católica no país “começa a formar padres missionários” a partir das novas Diretrizes para a Formação Presbiteral para a Igreja no Brasil, documento que substitui seu antecessor, que vigorou entre os anos de 1995 e 2009. “Nosso novo documento se preocupa com a vida das pessoas da atualidade, com o padre de hoje e com a missionariedade. Foi por isso que recebemos tantos elogios ao novo documento, da Congregação para a Educação Católica, em Roma”, comemorou.
          Em seu discurso, durante a coletiva de imprensa que aconteceu na tarde do dia 7 de maio, o bispo de Santarém destacou os pontos do documento elogiados pela Santa Sé. “A Congregação para a Educação Católica elogiou vários pontos das Diretrizes: o fato de nós termos colocado o seminário como tempo de caminho, busca e descoberta de Cristo; a experiência de Cristo como fundamental para o jovem compreender melhor o chamado que Deus está lhe fazendo; e as conseqüências desse chamado para a sua vida”, pontuou.
          Foi uma lista de elogios ao Documento, segundo dom Esmeraldo. “O fato de termos colocado o conhecimento de Jesus Cristo como marca fundamental na vida do jovem, por exemplo. Se ele não conhece Jesus, como ele vai amá-lo sendo discípulo e missionário?”, questionou citando o texto. “Outro ponto elogiado pela Santa Sé foi a referência ao Ano Sacerdotal, aberto em junho de 2009 e que foi concluído no mês de junho de 2010.

Dimensão Comunitária e Pastoral
          Presente no documento e importante para a vida da Igreja é a dimensão comunitária, que também foi destacada no novo documento. “Essa dimensão é muito importante para mostrar que o padre é aquele que se prepara e não é isolado do mundo, mas precisa ter uma visão importante de vida comunitária com os demais padres e bispos da diocese e das pessoas na diocese”.
          Dom Esmeraldo deu um exemplo do aprofundamento do novo Documento para a formação presbiteral. “Ele (o padre) não vai para lá na comunidade para viver sozinho, mas para conviver, partilhar na formação dos conselhos comunitários e pastorais das comunidades. O sacerdote de hoje só consegue formar comunidades se ele abraçar a missionariedade”. “Para isso”, disse o bispo, “além de toda formação dos institutos de filosofia e teologia, estão sendo feitas experiências missionárias em grandes cidades para que os seminaristas possam descobrir a importância de ser missionário no mundo de hoje. Eles aprendem a serem missionários na cidade grande, com os jovens, com as famílias, em grandes condomínios, periferias das cidades, bairros populares, no interior, seja do Nordeste, no Sul ou na Amazônia. O documento tem toda essa preocupação”, enumerou.
          Para concluir os tópicos enfáticos da formação do padre na atualidade, presentes nas Diretrizes, dom Esmeraldo disse que outros pontos também são importantes e interligados no documento, como a exortação apostólica do papa João Paulo II sobre a formação dos presbíteros; a dimensão intelectual que não pode ser vivida, formada e seguida sem estar ligada à dimensão espiritual, pastoral, humano-afetiva e comunitária. “São todas dimensões interligadas que necessitam estarem interligadas, que têm como referência o Documento de Aparecida (DAp) para a formação dos presbíteros no Brasil, porque se trata no mundo atual de ajudar as pessoas a descobrirem sua missão e seguimento a Jesus Cristo”, concluiu o bispo.
           A Reformulação das Diretrizes para a Formação dos Presbíteros no Brasil aconteceu durante a Conferência Episcopal da América Latina e Caribe, que aconteceu em Aparecida (SP), em maio de 2007. A CNBB procurou designar uma comissão para trabalhar o documento que foi aprovado no ano de 2009 e que permanece muito atual em 2011.


terça-feira, 17 de maio de 2011

“Somos católicos, por conseguinte não devemos sustentar esta ou aquela missão em particular, mas todas as missões do mundo”.

          Queridos Propagadores da Fé, em 03 de maio celebramos os 189 anos da Pontifícia Obra Propagação da Fé, poderia muito bem tecer algumas palavras sobre esta pontifícia onde está inserida a juventude, as famílias, idosos e enfermos missionários ou contar a história sua história, mas achei interessante ressaltar as palavras do Beato João Paulo II a respeito da pontifícia e da fundadora que dizia em seu discurso no encerramento da assembléia plenária das Pontifícias Obras Missionárias em 15 de Maio de 1997 em Roma.

          (...) Este ano o vosso encontro coincide com dois importantes aniversários: o 175° aniversário de fundação da Pontifícia Obra da Propagação da Fé e o 75° aniversário do Motu Proprio Romanorum Pontificum, com o qual o meu venerado predecessor, Papa Pio XI, concedeu o título de «Pontifícias» às Obras da Propagação da Fé, da Infância Missionária e de São Pedro Apóstolo. E estou certo de que a celebração destas duas singulares datas contribuirá para incrementar no Povo de Deus o empenho missionário.

          É tradição já consolidada o fato de cada ano se realizar, durante o mês de Maio, a vossa Assembléia geral. Este ano, em recordação da fundação da Obra da Propagação da Fé, quisestes realizar uma especial sessão pastoral, detendo-vos na figura e na obra de duas mulheres extraordinárias: a Venerável Maria Paulina Jaricot e a Padroeira das Missões, Santa Teresa do Menino Jesus.

           A primeira, jovem leiga nascida em Lião em 1799, teve particularmente a peito os problemas das missões católicas do seu tempo. Pertencente a uma associação fundada pelos Padres das Missões Estrangeiras de Paris, foi pioneira da cooperação missionária organizada. Com efeito, com as operárias da fábrica de seda, administrada pela sua irmã e pelo seu cunhado, propôs-se a ajudar as Missões por meio da oração e de um pequeno óbolo semanal.

          Inspirando-se nessa iniciativa, que mereceu à Venerável Maria Paulina o título de fundadora da Obra da Propagação da Fé, no dia 3 de Maio de 1822 um grupo de leigos conferiu à associação para a Propagação da Fé um caráter mais universal. Animados por uma caridade sem confins, afirmavam: «Somos católicos, por conseguinte não devemos sustentar esta ou aquela missão em particular, mas todas as missões do mundo ». Precisamente por isto escolheram como mote: «Ubique per Orbem», mais tarde assumido pela Obra da Propagação da Fé e pelas outras Obras Missionárias. 

          Caríssimos Irmãos e Irmãs! Maria Paulina, jovem atenta à voz do Espírito, antecipou profeticamente quanto o Magistério pontifício e o Concílio Ecumênico Vaticano II ressaltariam em seguida, evidenciando o caráter missionário do inteiro Povo de Deus e a contribuição específica que os leigos são chamados a oferecer à atividade evangelizadora da Igreja.

         A exemplo desta mulher corajosa, hoje sois chamados a promover uma colaboração cada vez mais fraterna entre as Igrejas, suscitando e formando numerosos colaboradores para a causa missionária. Sabei infundir neles a paixão pelo anúncio do Evangelho e o desejo de sustentar o empenho das jovens Igrejas. Esta cooperação será eficaz, se for incessantemente sustentada pela oração, pelos sacrifícios e pelo anélito constante à santidade. Só neste clima de tensão espiritual e apostólica, ela poderá pôr as condições para o desenvolvimento de numerosas vocações missionárias e para o apoio generoso às atividades missionárias.

         Portanto, a todos que se dedicam nas atividades que é proporcionada pela Propagação da fé, vale também para nós estas palavras sejamos estes jovens, famílias, idosos e enfermos atentos a ação do espírito Santo a sempre colaborar e promover a fraternidade entre as Igrejas. Que a interseção do beato João Paulo II possa suscitar colaboradores para a causa missionária.

Pe. Marcelo Gualberto Monteiro
                                   Secretário Nacional da Pontifícia Obra Propagação da Fé

A NOVA PRESIDÊNCIA DA CNBB


          A 49ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elegeu sua nova presidência e os 12 presidentes das Comissões Episcopais Pastorais. A presidência do quadriênio que começa (2011-2015) é formada pelo arcebispo de Aparecida (SP) e atual presidente do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), dom Raymundo Damasceno Assis; pelo vice-presidente, o arcebispo de São Luís (MA), dom José Belisário da Silva; e pelo secretário geral, o bispo prelado de São Félix (MT), dom Leonardo Urich Steiner.
          Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da Conferência até o encerramento desta Assembleia, foi eleito, com 221 votos, o delegado da CNBB junto ao Celam. Ele foi eleito em um único escrutínio.
          A Comissão Episcopal para a Vida e a Família, tem como novo presidente o bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini. O bispo de Araçuaí (MG), dom Severino Clasen foi eleito presidente da Comissão para o Laicato.
           Para a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB foi eleito o arcebispo de Palmas (TO), dom Pedro Brito Guimarães. A Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial tem agora como presidente o bispo de Ponta Grossa (PR), dom Sérgio Braschi.
           O arcebispo de Pelotas (RS), dom Jacinto Bergman foi eleito para a Comissão Bíblico-Catequética. Também tem um novo presidente a Comissão para a Caridade, Justiça e Paz. Trata-se do bispo de Ipameri (GO), dom Guilherme Antonio Werlang. Ele sucede a dom Pedro Luiz Stringhini.
          Para a Comissão do Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso foi eleito o bispo de Pesqueira (PE), dom Francisco Biasin, que sucede a dom José Alberto Moura. São os novos presidentes das Comissões para a Doutrina da Fé e Liturgia o arcebispo de Teresina (PI), dom Sérgio da Rocha e pelo bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA), dom Armando Bucciol, respectivamente.

Comunicação, Juventude, Cultura e Educação
          O arcebispo eleito para Campo Grande (MS), dom Dimas Lara Barbosa é o presidente da recém-criada Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social. Ele foi eleito, na quinta-feira, 12, com 145 votos. A eleição só foi definida no terceiro escrutínio pelo fato de nenhum dos candidatos ter alcançado a maioria necessária dos votos nas duas primeiras votações.
          Para a nova Comissão para a Juventude foi eleito o seu atual presidente e bispo auxiliar de Campo Grande, dom Eduardo Pinheiro.

          O bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte (MG), dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, foi eleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação e Cultura. Da Comissão para a Educação e Cultura foi desmembrado o Setor de Comunicação Social, que se tornou uma Comissão própria.

domingo, 15 de maio de 2011

Papa Bento XVI recebe em audiência Pontíficias Obras Missionárias (POM)

Os participantes da XVI Assembleia Ordinária do Conselho Superior das Pontifícias Obras Missionárias (POM) foram recebidos em audiência pelo Santo Padre na manhã deste sábado, 14, na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano.
           A condição fundamental para o anúncio evangelizador é "agarrar-se completamente a Cristo. O mensageiro do Evangelho deve permanecer sob o domínio da Palavra e deve alimentar-se dos Sacramentos: é dessa seiva vital que dependem a sua existência e o seu ministério missionário", explicou Bento XVI.
O Pontífice também ressaltou os novos problemas e escravidões que surgem tanto nos países do chamado primeiro mundo quanto nos de economia emergente. "A Igreja deve renovar constantemente o seu empenho de levar Cristo, de prolongar a sua missão messiânica para o advento do Reino de Deus, Reino de justiça, de paz, de liberdade, de amor. Transformar o mundo segundo o projeto de Deus com a força renovadora do Evangelho, 'para que Deus seja tudo em todos' (I Cor 15,28) é missão de todo o Povo de Deus", disse.
Nesse sentido, é necessário continuar a obra de evangelização com renovado entusiasmo para levar os homens à liberdade de filhos. No entanto, somente é possível um decidido compromisso com a evangelização se cada cristão crê verdadeiramente que a Palavra de Deus é a verdade salvífica da qual cada homem, em todas as épocas, tem necessidade. "Se esta convicção de fé não está profundamente enraizada na nossa vida, não poderemos sentir a paixão e a beleza de anunciá-la", advertiu.

Evangelização

O Bispo de Roma ressaltou que cada cristão deveria tomar para si a urgência de trabalhar para a edificação do Reino de Deus, pois é para isso que tende tudo na Igreja. É daí que surge a necessidade de disseminar em todas as áreas da vida eclesial a dimensão missionária: "A Igreja é missão", sublinhou.
Somente lançando raízes profundas em Cristo pode-se resistir à tentação de "reduzir a evangelização a um projeto somente humano, social, escondendo ou silenciando a dimensão transcendente da salvação oferecida por Deus em Cristo. É uma Palavra que deve ser testemunhada e proclamada explicitamente, porque sem um testemunho coerente a Palavra torna-se menos compreensível e credível", alertou.
Ainda quando se sente-se incapaz, é preciso conservar a certeza no poder de Deus, "que coloca o seu tesouro 'em vasos de barro' exatamente para que apareça que é Ele a agir por meio de nós", evidenciou. "O ministério da evangelização é fascinante e exigente: requer amor para o anúncio e o testemunho, um amor tão total que pode ser assinalado também pelo martírio. A Igreja não pode fazer menos da sua missão de levar a luz de Cristo, de proclamar o alegre anúncio do Evangelho, também se isso comporta perseguição. É parte da sua própria vida, como o foi para Jesus. Os cristão não devem ter temor, ainda que sejam atualmente o grupo religioso que sofre o maior número de perseguições por motivo da própria fé", apontou.

POM

O Papa definiu o trabalho das POM como "preciosa obra de animação e cooperação missionária", que lembra ao Povo de Deus a necessidade de anunciar a "grande Esperança" de que Deus possui um rosto humano e nos ama particularmente.
Segundo o Papa, as POM permanecem um instrumento privilegiado para a cooperação missionária e para uma profícua partilha de pessoas e recursos financeiros entre as Igrejas. "A vossa obra é preciosa para a edificação da Igreja, destinada a tornar-se a 'casa comum' de toda a humanidade", finalizou.
Leonardo MeiraDa Redação, com informações do Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé (tradução de CN Notícias)


quinta-feira, 12 de maio de 2011

SEMINARISTA DO SEMINÁRIO DE SÃO PEDRO PARTILHA MISSÃO FEITA NA AMAZÔNIA

 NÃO TENHAIS MEDO, CORAGEM SOU EU!

            Caros amigos e amigas internautas, quero partilhar com vocês, as alegrias e as luzes que vivenciei durante quarenta dias participando na Amazônia da 4ª Experiência Missionária que aconteceu na Diocese de Santarém/PA no período de 17/12/2010 a 23/01/2011. Sei que são muitas as motivações que me levaram a participar desta missão; dentre elas destaco o desejo de servir à Igreja de Jesus Cristo como padre diocesano missionário. No decorrer da minha formação seminarística que concluo neste ano de 2011, sempre senti um forte apelo missionário; porém, muitas têm sido as dificuldades apresentadas no campo da missão.
            As dificuldades criaram em mim medo de expressar para a equipe de formação o desejo de ser missionário. Mas, sempre acreditei que tudo acontece no tempo de Deus. No final de 2010, considerei importante falar com o meu Bispo e formadores do Seminário sobre esse desejo presente em meu coração: ser e viver como padre diocesano missionário da Diocese de Caicó - RN.
            Participando desta experiência Missionária consegui perceber que é possível perder os medos e enfrentar os desafios, pois os mesmos não podem impedir a realização da missão.
No contato com os mais pobres, os humildes aqueles que trazem consigo uma forte experiência de luz que os faz firmes na missão, pedi a Deus a graça para que a mesma luz me ilumine e transforme como futuro padre diocesano missionário e possa ser portador para ajudar a clarear a vida de pessoas que necessitam dessa Luz.
Ouvindo o povo, partilhando suas alegrias e seus sofrimentos, senti o perfil de padre que devo ser no futuro: padre pobre, humilde, e que saiba caminhar junto com o povo na construção de uma Igreja viva e participativa e de uma sociedade justa, solidária e pacífica. Muitas foram as experiências que ouvi: testemunhos de homens e mulheres que doam suas vidas por causa do Reino de Deus; mulheres que trabalham junto com seu esposo, vivendo da pesca, doando suas vidas por suas famílias, pela comunidade, sendo sinais do Bom Pastor.
            Durante a experiência Missionária, me questionei sobre o sentido da missão? Que Cristo estou anunciando? O Cristo que nasceu em uma manjedoura, sofreu sua paixão, morreu e ressuscitou pela humanidade? O Cristo que buscou relacionar-se principalmente com os mais pobres, os simples e todos aqueles que a sociedade excluía e chamava de impuros?
            Que Cristo estou anunciando? Acontecia algo muito interessante: eu procurava anunciar Cristo, mas na verdade era eu que encontrava Cristo nas famílias, nas crianças, nos jovens, adultos idosos... Por isso, posso afirmar, que encontrei o Cristo pobre, que nasceu na manjedoura, que mora em casas simples, vive situações de saúde precária, sem água potável e muitas vezes com uma alimentação que não passa da farinha e do peixe. Lembrando-me de que os magos, guiados pela luz, caminharam para encontrar o Deus menino, em meio ao povo da Amazônia vi o Deus que se fez menino nascer e ouvi as crianças cantarem: “aqui bem longe, bem no meio da mata há lugar prá você Jesus na minha pobre barraca”.
            Esta experiência missionária me ajudou a alimentar o ardente desejo de ser um Missionário Padre Diocesano que ame, escute e caminhe com o povo e possa dizer sempre ao Senhor da messe “eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6,8c).
Fonte: www.gvjoaopauloii.blogspot.com

quinta-feira, 5 de maio de 2011

CERIMÔNIA DE BEATIFICAÇÃO DE IRMÃ DULCE DEVE CONTAR COM 60 MIL PESSOAS

A apresentação oficial do projeto de Cerimônia de Beatificação de Irmã Dulce aconteceu no dia 17/03/2011, na sede das Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid), no Largo de Roma (Cidade Baixa). De acordo com os organizadores, cerca de 60 mil pessoas devem participar do evento que acontece no dia 22 de maio no Parque de Exposições de Salvador, a partir das 14h. Após a cerimônia, o Anjo Bom da Bahia será chamado de Bem Aventurada Dulce dos Pobres.

          Os ingressos para a Cerimônia são gratuitos, mas devem ser retirados, a partir do início de maio, nas paróquias, na sede das Osid e na Rádio Excélsior (Rua Leovigildo Filgueiras, Garcia). As caravanas que vêm de fora de Salvador, no entanto, já podem encaminhar email para o endereço cerimonial@irmadulce.org.br, solicitando credenciamento. Os ingressos serão enviados pelo Correios. A central de atendimento ao público funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h, através do telefone 0800-284-5284.



          A Cerimônia de Beatificação, presidida por Dom Geraldo Majella, nomeado Delegado Papal pelo pontífice Bento XVI, começará às 17h com o rito de beatificação, que consiste em leitura da biografia resumida da freira, leitura da proclamação de beatificação e discerramento da imagem oficial de Irmã Dulce como Bem Aventurada Dulce dos Pobres, que ainda não foi divulgada. Este será o auge do evento, seguido pelo hino de Irmã Dulce, composto pelo Frei Capuchinho Ivan, de acordo com o Padre Manoel Filho, coordenador de cerimônia de beatificação. O evento deverá ser encerrado por volta das 19h30.
          O Parque de Exposições, no entanto, será aberto às 14h. Os fiéis serão recebidos por uma banda executando músicas de paróquia e às 15h vão acompanhar um Auto com 700 crianças do Centro Educacional Santo Antônio (CESA).
          Segundo a programação, no dia 21 de maio, às 16h, haverá uma missa no Santuário de Irmã Dulce (Largo de Roma), seguida de vigília. Dois dias após a Cerimônia de Beatificação, 24 de maio, acontecerá uma missa de agradecimento, no mesmo local; no dia 28 de maio, acontece a missa de consagração e instalação da Igreja e Santuário de Irmã Dulce, a partir das 8h30.
          Participaram da apresentação do projeto da Cerimônia, a superintendente das Osid, Maria Rita Lopes Pontes, o arquiteto da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), João Martins, que é responsável pela estrutura do evento, e o assessor de memória e cultura das Osid, Osvaldo Gouveia.
          Memória - O processo de beatificação de Irmã Dulce foi encerrado após o Papa Bento XVI autorizar, em 10 de dezembro de 2010, a promulgação do decreto do milagre. A partir disso, qualquer graça pode ser analisada como potencial milagre de santificação de Irmã Dulce, de acordo com as Osid.



          Irmã Dulce nasceu em 26 de maio de 1914 e foi batizada como Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Ela se aproximou da religiosidade aos 13 anos, quando já ajudava moradores de rua no sótão de sua casa, doando roupas, alimentos, fazendo curativos e cortando o cabelo.

          De acordo com levantamento da biografia do Anjo Bom da Bahia feita por Osvaldo Gouveia, Irmã Dulce ajudou moradores dos Alagados, levando médicos, um padre e doações para as palafitas. Durante sua vida, Irmã Dulce cuidou e abrigou moradores de rua doentes em diversos espaços públicos, incluindo os arcos da rampa da Igreja do Bonfim.
Em 26 de maio de 1959, ela fundou as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) e em 7 de julho de 1980 se encontrou pela primeira vez com o Papa João Paulo II. Em 1988, o presidente do Brasil, José Sarney, indicou Irmã Dulce para o Prêmio Nobel da Paz, o que foi apoiado pela rainha Sílvia da Suécia. Em 20 de outubro de 1991, o Papa João Paulo II volta a visitar o Anjo Bom da Bahia, mas, desta vez, ela estava hospitalizada.
          Em 13 de março de 1992, Irmã Dulce morreu, aos 77 anos, no Convento Santo Antônio. O seu sepultamento na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia reuniu milhares de devotos. O processo de beatificação da freira foi iniciado em 1999.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

JOÃO PAULO II É BEATIFICADO DIANTE DE 1 MILHÃO DE FIÉIS

Cerimônia destacou dotes intelectuais, morais e espirituais do pontífice.
João Paulo II morreu em 2005, aos 84 anos, após 27 anos de pontificado.


Retrato de João Paulo II é exposto na fachada da basílica de São Pedro, no Vaticano, durante cerimônia (Foto: Andrew Medichini / AP)

Em uma cerimônia solene na presença de mais de 1 milhão de pessoas que lotaram a praça de São Pedro, segundo a polícia romana, o Papa Bento XVI proclamou beato o seu antecessor, João Paulo II (1920-2005), neste domingo (1º/05/2011).
A cerimônia teve início às 10 horas no horário local (5h de Brasília), pelo papa e outros 800 sacerdotes presentes. Com um cálice e mitra que foram usados nos últimos anos de pontificado de João Paulo II e com uma vestimenta que também pertenceu a seu antecessor, Bento XVI abriu a cerimônia com uma saudação em latim, que foi traduzida simultaneamente em espanhol, francês, português, francês, inglês, alemão e polonês pela Rádio Vaticano.
Um cardeal leu um texto sobre a vida do pontífice, morto em 2005, após 27 anos de papado. Foram destacadas virtudes de João Paulo II, como seus dotes intelectuais, morais e espirituais.
Após a leitura, ocorreu o principal momento da cerimônia, em que foi descerrado um retrato de João Paulo II, a partir de então denominado beato. "Concedemos que o venerado servo de Deus João Paulo II, Papa, seja de agora em diante chamado beato", proclamou Bento XVI.
A data escolhida para a veneração do papa foi 22 de outubro, dia da primeira missa do seu pontificado.
Muitos aplausos e gritos de "Santo subito" (Santo já), como no dia do funeral de João Paulo II, foram ouvidos na praça, repleta de pessoas que exibiam bandeiras de muitos países, entre elas a polonesa e a brasileira.
A freira francesa irmã Marie Simon-Pierre Normand - cuja cura do mal de Parkinson, a mesma doença degenerativa do papa, em junho de 2005, é tida como a primeira graça de João Paulo II, levou ao altar uma ampola contendo sangue do Papa, enquanto outra religiosa que o acompanhou durante o papado, levou algumas de suas relíquias.
O Papa polonês, nomeado Sumo Pontífice em 1978, faleceu em 2 de abril de 2005 aos 84 anos.
A beatificação é a etapa anterior à canonização e aconteceu em tempo recorde.
Desde as primeiras horas da madrugada milhares de fiéis, entre eles poloneses, espanhóis, italianos, franceses e latino-americanos, fizeram fila para entrar no local.


Fieis se aglomeram na Via da Conciliação, em Roma, à espera da cerimônia de beatificação de João Paulo II na praça de São Pedro (Foto: Mario Laporta / AFP)

Os primeiros que entraram fizeram-no na adjacente Via da Conciliação e durante a madrugada se abriram as entradas à Praça de São Pedro.
O idioma que mais se escutava era o polonês, já que milhares deles assistem à beatificação do primeiro papa polonês da história.
A beatificação de João Paulo II é uma das maiores da história da Igreja, já que, segundo o governador regional de Roma, Giuseppe Pecoraro, assistiram mais de um milhão de pessoas.
Também é um evento histórico sem precedentes, já que nos últimos mil anos da Igreja Católica nenhum papa proclamou seu antecessor como beato.
Viva o Beato João Paulo II!

O núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri, preside a missa que abre a 49ª Assembleia Geral da CNBB

O núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri, preside a missa que abre a 49ª Assembleia Geral da CNBB, nesta quarta-feira, 4, às 7h30 no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP). A missa terá transmissão das TVs e rádios de inspiração católica e contará com a participação dos romeiros de Nossa Senhora Aparecida.
Após a missa, às 9h15, haverá a instalação da Assembleia no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho, que fica no pátio do Santuário. O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, fará a saudação inicial e declarará aberta a Assembleia.
Além do presidente da CNBB, comporão a mesa o vice-presidente e arcebispo de Manaus (AM), dom Luiz Soares Vieira; o secretário geral e bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Dimas Lara Barbosa; o arcebispo de Aparecida, cardeal Raymundo Damasceno Assis; o núncio apostólico, dom Lorenzo Baldisseri; o reitor do Santuário, padre Darci  Nicioli, e o prefeito da cidade, Antonio Márcio de Siqueira. Toda a cerimônia de instalação da Assembleia será transmitida ao vivo pelas TVs católicas e deverá durar entre 30 e 40 minutos.
A Assembleia da CNBB reunirá, até o dia 13, mais de 300 bispos, incluindo 40 eméritos. Um dos temas centrais são as eleições da nova Presidência da Conferência e dos presidentes das Comissões Episcopais Pastorais da CNBB. As eleições deverão começar somente na segunda-feira, 9, após o retiro espiritual dos bispos, que será nos dias 7 e 8. Outro tema central são as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.


Pauta da quarta-feira, dia 4


7h30 – Missa com Laudes no Santuário de Aparecida
9h15 – 1ª Sessão – Instalação da Assembleia -    Pró-memória -Comissões de Trabalho
10h45 – Lanche
11h15 – 2ª Sessão – Aprovação da pauta – Acréscimos de pauta – Relatório do Presidente – Apresentação dos novos bispos
12h45 – Almoço
15h30 – Oração (Hora Media)
15h40 – 3ª Sessão – Análise da Conjuntura Social – Márcio Pochmann
17h10 – Lanche
17h40 – Oração (Vésperas)
18h – Análise da Conjuntura Eclesial – Padre Mário de França Miranda
19h30 – Encerramento
20h45 – Reunião do Consep